O Anticolonialismo como ciência e profissão
O movimento anticolonial é científico, econômico, social, político, cultural e pedagógico.✊
É preciso apresentar as contradições do capitalismo e as suas origens históricas e suas consequências no mundo atual.
O colonialismo é a mola-propulsora do capitalismo, sem o colonialismo o capitalismo não teria como avançar. Todas as ciências voltaram suas ações para o colonialismo como fortalecimento do capitalismo. Todos os Estados, sejam imperialistas ou explorados, voltaram sua forma de organização interna para que o capitalismo avançasse sobre o povo e com isso constituísse um sistema colonizador e perpétuo.
É urgente que lutemos contra o colonialismo e com isso fundemos uma ciência totalmente anticolonialista, anti-capitalista, antirracista, anti-machista , anti-qualquer preconceito e que permita todo poder povo do para o povo.
A presente página tem como objetivo construir coletivamente um caminho teórico e prático para a intervenção direta na realidade por meio da justiça social e econômica que somente será realizada com a ampliação permanente da democracia, dos direitos humanos e do povo como poder máximo. O colonialismo organizou e fundou muitas profissões. Todas as profissões organizadas pelos colonialistas tiveram como direção a morte e a pilhagem de terras, seres humanos e vida. Os colonialistas criaram condições materiais e imateriais para a destruição de povos e culturas para que os países exploradores e gananciosos avançassem sobre corpos e almas.
O colonialismo matou, mata matará todos os povos que não se submeterem aos seus direcionamentos.
O Anticolonialismo luta contra todas as forças colonizadoras, imperialistas e, portanto, luta contra o capitalismo.
A construção de uma Geografia Anticolonial a partir de mulheres e homens que destacamos
Franz Fanon
Para a população colonizada o valor mais essencial, por ser o mais concreto, é em primeiro lugar a terra: a terra que deve assegurar o pão e, evidentemente, a dignidade da “pessoa humana”. Dessa pessoa humana ideal jamais ouviu falar. O que o colonizado viu em seu solo é que podiam impunemente prendê-lo, espanca-lo, mata-lo à fome; e nenhum professor de moral, nenhum cura, jamais veio receber as pancadas em seu lugar nem partilhar com ele o seu pão. Para o colonizado, ser moralista é, de modo bem concreto, impor silêncio à soberba do colono, despedaça lhe a violência ostentosa, numa palavra: expulsá-lo francamente do panorama.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p. 33
Madalena Caramuru
Primeira mulher brasileira que lutou pelos direitos humanos. Filha da indígena Moema e do português Diogo Álvares Côrrea foi a primeira brasileira alfabetizada de forma autodidata e com a ajuda do companheiro. Assim, lutou bravamente e exigiu que todas as crianças também fossem alfabetizadas, para isso buscou ajuda com o padre Manoel da Nóbrega com o qual exigiu tratamento digno para os povos indígenas que foram escravizados com destaque para as crianças. Também ofereceu dinheiro para viabilizar que os direitos humanos tivesse existência real no século XVI. O padre levou a carta até a rainha Catarina e essa negou, pois viu essa situação como uma ameaça. A carta foi escrita e entregue em 1561.
Amílcar Cabral político revolucionário da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
Tereza de Benguela (1770) foi pioneira numa forma revolucionária de organização política com exercício pleno da democracia por todas as pessoas do Quilombo Quariterê no Mato Grosso